quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Tratamento com hormônio masculino (testosterona): uma nova fonte de juventude para homens na maturidade?

Este é o título da capa da revista “Endocrine”, órgão da Associação Norte-americana de Endocrinologia. O uso de testosterona por homens acima de 50 anos elevou-se nos últimos 10 anos para mais de 10 milhões de usuários. Segundo a revista, um dos fatores que contribuiu para esse número elevado de pacientes tratados foi o uso de publicidade na televisão aberta. Isto não seria permitido em outros países, como por exemplo, o Brasil, mas de qualquer forma, vários estudos científicos sérios e bem realizados indicam uma série de benefícios para homens acima dos 50 anos que apresentam níveis de testosterona abaixo do valor de referência. Pode se citar a melhora da musculatura, disposição geral, melhor atividade sexual, maior disposição para o trabalho e ótima calcificação das estruturas ósseas. Poucos efeitos colaterais são notados nas doses geralmente prescritas.



Nos Estados Unidos, a forma mais frequente de uso do hormônio masculino é um adesivo que contém testosterona (1%) sob a forma de gel, o qual é absorvido pela pele e transportado rapidamente para circulação a todos os órgãos. Esta modalidade terapêutica ainda não está disponível no Brasil, podendo, todavia, ser manipulada em farmácias especializadas. Cerca de 60% dos pacientes tratados usam o Testogel, enquanto os outros 40% são medicados com injeções de testosterona a cada 2 ou 3 meses. Esta forma injetável está disponível no Brasil. A forma oral de administração de testosterona praticamente está abandonada. Não se deve esperar uma melhora imediata nos setores que já foram mencionados, após o início do tratamento, pois a ação da testosterona no organismo humano masculino é relativamente lenta, mas sem dúvida, após 6 a 12 meses de uso contínuo, os efeitos benéficos se manifestam de forma bastante clara. Resta saber se o uso por tempo muito prolongado, isto é, de 3 a 5 anos, levaria a algum efeito colateral importante.