quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

MEDICIANA HERBAL

O uso terapêutico isolado ou combinado, de plantas para tratamento de doenças data de cerca de 5.000 anos da nossa era. Tanto os egípcios como os sumerios indicam em textos decifrados pelos estudiosos que o alho, ópio, menta, vários tipos de infusões (chás medicinais) já faziam parte do arsenal terapêutico dos médicos destas antigas civilizações.

Mas não há muita dúvida de que o herbalismo chinês, pela sua importância e amplo uso em vários países asiáticos (além da China), seria o mais importante. Um documento sobre Medicina Herbal, datando de 2700 anos aC, lista cerca de 365 plantas medicinais e as suas respectivas ações terapêuticas.

As gerações sucessivas de médicos chineses ampliaram este arsenal herbalista e no século VII de nossa era surgiu o "Tratado da Natureza e uso de Plantas Medicinais".

Nestes textos antigos nota-se que existe muito influência filosófica (Teoria Confunciana), poética e apelo a influências cósmicas. Não se pode comparar a Medicina Herbal dos Chineses com nossa maneira de utilizar um remédio para determinada moléstia.

Geralmente o médico chinês usa combinações de várias plantas. Em tais panaceias existe o componente que, sob o ponto de vista hierárquico, é o mais importante (em chinês: o "rei" da preparação terapêutica), ao qual se agregam outras comparáveis aos ministros do rei, que são auxiliares na "cura" do problema.

Para completar a fórmula agregam-se as ervas adjuvantes (plantas comparáveis aos militares) e as ervas secretas. Portanto a Medicina Tradicional Chinesa usa os vários componentes de acordo com a idade, o sexo, a corpulência, as manifestações clínicas e emocionais, bem como a influência cósmica, o horóscopo do dia, a data do nascimento.

Todos estes fatores clínicos, filosóficos e cósmicos individualizam a preparação para cada paciente. A Medicina Herbalista também floresceu na Índia com o nome genérico de Ayurvedica que significa "conhecimento da vida'.

Além de combinar várias ervas medicinais associam ao processo da cura um sistema de remover toxinas e equilibrar os vários humores do corpo. Portanto as ervas Ayurvedicas combinam a experiência com filosofia, tal como o herbalismo chinês.

Os principais componentes do herbalismo chinês

Hoje nota-se uma tendência, cada vez mais popular e difundida, de uso de plantas medicinais que seriam mais naturais, menos tóxicas, não contaminadas pelo mercantilismo e avidez de lucros das grandes indústrias farmacêuticas.

O uso de chá verde vem crescendo de forma linear nas civilizações ocidentais. O chá verde resulta de uma infusão de folhas do arbusto Camélia sinensis, que são coletadas ao fim da primavera, com um mínimo de talo e não sofrrem processo de oxidação e fermentação como o tradicional chá preto.

Cada província da China produz o seu chá verde tal como as regiões vinícolas da França, por exemplo, apregoam que o vinho ali produzido é o melhor. A província de Zhejiang é considerada como produtora do melhor chá verde do mundo. O processo de servir o chá verde é importante e tradicional. Usa-se cerca de 4 gramas do chá em 250ml de água (pouco mais que um copo comum).

A água fervente é vertida sobre o chá verde e o tempo de cocção não deve ultrapassar de 2 a 3 minutos. Desta forma os componentes do chá verde são extraídos das folhas. O mais importante componente é a cafeína, a qual está em proporção quase tão elevada quanto à que se encontra no café. Alguns tipos de chá verde chegam a ter 32mg de cafeína por xícara. Além da cafeína o chá verde contém Teofilina e Teobromina.

Devido a estes estimulantes, estudos conduzidos no Japão indicaram que o uso de chá verde leva a aumento da oxidação de gordura corporal (o gasto energético eleva-se em 17% comparando com o valor basal). Tal fato levou os cientistas japoneses a admitir que o uso diário de 1,5 litro de chá verde pode significar queima adicional de 70 a 80 calorias. Outros efeitos benéficos do chá verde estão ligados ao colesterol. Comprovadamente o uso diário de chá verde reduz o mau colesterol (LDL) e eleva o bom colesterol (HDL).

O chá verde tem ação nas membranas celulares, inibindo os radicais livres e prolongando a vida da célula. Teria ainda efeitos positivos em doenças degenerativas do sistema nervoso central (Alzheimer e Parkinson). Pode ser útil na esclerose múltipla. Estas ações terapêuticas do chá verde não foram, todavia, confirmadas pelo órgão oficial de medicamentos dos Estados Unidos.

Em estudos a longo prazo, o uso diário de chá verde contribui para maior longevidade e significativo declínio da prevalência de câncer em populações orientais.

A planta chamada de Ma Huang (Ephedra Surica)

Infusões realizadas com esta erva medicinal chinesa vem sendo usada por milhares de anos como diurético, antifebril, adstringente e antitensígeno.

A base química do MA HUANG é a efedrina, que, há muitos anos, na farmacopeia ocidental, é altamente eficaz para as crises de asma, congestão nasal além de moléstias respiratórias. Na complexa medicina chinesa o MA HUANG é um dos componentes mais importantes das formulações multi-herbais.

Estas fórmulas elevam a moral, aumentam o dinamismo, conduzem ao estado de alerta e de energia positiva. Além disso, reduzem o apetite e é utilizado para induzir perda ponderal no obeso.

Este efeito redutor de peso é devido ao estímulo adrenérgico e a permanente exaltação psíquica. Todavia existe o risco de efeitos colaterais como taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), possibilidade de hipertensão, nervosismo, tremuras dos dedos e insônia.

Os efeitos são minorados com o uso de doses menores da formulação herbal. Nas farmácias herbais das comunidades chinesas de Nova York e San Francisco o MA HUANG é sempre encontrado em "misturas herbalísticas", que contém cerca de 13mg de efedrina. Tal dose não deve ser usada por mais de 3-4 semanas.

O gengibre (Zingber Officinales) e o alho

O extrato da raiz do gengibre é usado como digestivo e para moléstias do estômago. Mas o seu maior campo de ação é minorar os efeitos da náusea provocados pelo balanço do barco (ou outro veículo), ou seja, o enjoo do movimento. Por outro lado o gengibre aplicado localmente possui nítidos efeitos anti-inflamatórios em casos de artrose, artrites, contusões.

O alho (Allium Sativom) tem sido apregoado como um excelente agente no sentido de baixar o colesterol e, consequentemente, de prevenir as doenças coronarianas. É, possivelmente, um dos mais antigos vegetais de uso medicinal.

Vários estudos documentam a ação protetora do alho tanto no controle da pressão alta como na formação de placas de colesterol dentro de artérias. Muito recentemente cientistas chineses documentaram que o uso contínuo de Tanshinone (ou Tan) - um componente ativo do Radix Salvia miltiorrhiza (raiz de sálvia) - reduz o peso corporal e diminui o nível de lípides (gordura) na circulação.

Verificaram também que o Tan age elevando a sensibilidade à insulina, diminui o número de adipocitos (células que contêm gordura) e eleva o gasto energético. Conclusão: a tradicional medicina chinesa está nos ensinando a tratar a obesidade de forma mais natural e segura.

Por Geraldo Medeiros 25-02-09

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Cuidado com a fase de "desintoxicação"

É comum o brasileiro dizer que o ano só começa depois do Carnaval. Muitos vivem no clima de festa - que começou lá em dezembro - até que o último folião recolha-se para casa. A temporada engordativa, é um período que vem com o fim de cada ano. Tem início com as festas de encerramento do expediente.

Despedidas em rodízios nas churrascarias, jantares comemorativos de mais um ano produtivo, banquetes em salões de festa, oferecidos pelas empresas. O clima já é de férias então vale começar a comemorar.

A orgia calórica começa em dezembro

O saldo é que - já nesse período - as calças geralmente "encolhem", isto é, ficam mais apertadas, não fecham na cintura, apertam a virilha. O paletó idem. E embora a "desculpa" seja o tecido de péssima qualidade, o fato é que se ganha peso, às vezes, muito peso nesse período que muitos insistem em prolongar até o fim do Carnaval. Depois, a alegação de que "estou meio inchado", preciso de um diurético não vai resolver. Mas fazer regime em dezembro? Impossível.

A ceia da véspera natalina vai ser na casa da minha mãe, mas no dia de Natal podemos ir à casa dos seus pais. E lá vem o panetone, o chocotone, o pernil assado, o peru delicioso com todos seus atributos, a farofa com frutas secas, o arroz soltinho, a lasanha bem temperada, o cuscus à "paulista" a "peixada com camarões" nas praias. Enfim, come-se muito e bebe-se mais e melhor do que nunca nestas festas natalinas.

Depois da comilança, as férias pra relaxar e comer


Logo após o Natal se iniciam os preparativos para o Ano Novo que se aproxima. Nestes dois dias correm livre champanhe, vinho, cerveja, várias "misturinhas" de cachaça, mais uma vez: tudo em nome da comemoração.

Depois é a hora de irmos para a praia, para uma vida mais saudável com muitos exercícios, água de coco, comida sadia, saladas e grelhados. Logo se verifica que a vida praiana é uma armadilha para a questão do peso corporal. Todos os dias têm "aperitivos" e "tira gostos" nas várias barracas da praia, convites feitos por amigos. E o combalido ser humano, emergindo de um dezembro copioso e muito exagerado, tem que aceitar a "festa" praiana, o modo de vida da turma na praia.

E o programa de exercícios, as caminhadas, o futebol de praia, aquele vôlei com a turma. Tudo fica esquecido e volta-se à comilança, aos drinks generosos, pestiscos, etc.

Não acabou. E o Carnaval?

Passou dezembro, curtiu a praia em janeiro e já vem vindo o Carnaval onde a folia se associa à gula. Claro que não pode faltar a bebida, os drinks, o uísque amigo, a cerveja geladíssima, as frituras, os salgadinhos.

Passado o Carnaval começa o ano. A época em que revistas da moda, de gente rica e famosa começam a onda dos conselhos para ensinar como se livrar da tanta toxina, tanta gordura, frituras, doces em profusão que se acumularam em nossos corpos nos últimos dois meses. Aí jorram as "dicas": passe uma semana no SPA do Catavento - é ótimo e você já sai de lá nova e pronta para outra. Bom conselho, mas e o custo?

Não estará ao alcance de muita gente. Logo surgem as ideias, os esquemas, as modalidades para "limpar o fígado", liberar as toxinas, dietas líquidas para eliminar as impurezas acumuladas. "Faça a dieta das frutas" por uma semana. Fruta no café da manhã, fruta no almoço, fruta no jantar durante 7 dias. Será que funciona? Tenho minhas dúvidas.

Outros aconselham a dieta Ghandi, o famoso pacifista indiano. Só iogurte durante sete dias. Haja paciência para aguentar tanto leite fermentado. O gosto do iogurte no segundo dia já é intragável e poucas sofredoras chegam ao sétimo dia.

Temos ainda adieta do chá verde, antioxidante, estimulante, possivelmente ajuda a emagrecer e tem efeito diurético. Ao fim de 3 dias somente tomar chá verde, a pessoa entrega os pontos. Não aguenta mais ver a infusão esverdeada na xícara fumegante.

A solução mais inteligente

Após tantos dias de farra gastronomia, a melhor opção é um prato de verduras, peixe grelhado, frango ou bife grelhados, muitas saladas e limonada com adoçante para todo mundo. Durante o dia alternar água com o chá de sua preferência. Não comer doces, evitar os carboidratos, deixar os refrigerantes de lado. Procurar fazer exercícios aeróbicos, frequentar a academia, manter o corpo ativo, a mente alerta (corpo sadio e mente saudável).

Não acho que os pretensos medicamentos para fígado tenham muito valor nesta fase de purificação do corpo e da alma. Mais do que remédios, o que se precisa mesmo é uma nutrição adequada, muito líquido e algum exercício diário. Você facilmente chegará ao próximo período de festas enxuto e sarado. Pronto para outra.

Por Geraldo Medeiros 16-02-09
Veja OnLine - FEV 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

ERVAS MEDICINAIS

A procura por vegetais capazes de aliviar os sofrimentos dos doentes começou provavelmente com os homens primitivos, nos primeiros agrupamentos humanos. Era preciso, por exemplo aliviar a dor (com opiáceos da papoula), resolver problemas estomacais (com atropina), curar as vias urinárias (com chá de quebra-pedra), aumentar a eficiência do coração.

A China, com civilização marcada por inúmeras inovações, é considerada o berço do herbalismo, a medicina terapêutica praticada com o uso de ervas. Através do método do acerto e erro, os médicos chineses chegaram a conclusões terapêuticas extraordinárias. Um exemplo: por ser um país montanhoso, na China é comum o problema de carência crônica de iodo. A falta de iodo faz a tireóide crescer e se tornar visível no pescoço. A tireóide aumentada é chamada de bócio.

Os chineses empregavam esponjas marítimas secas ao sol e reduzidas a pó como tratamento altamente eficaz conto o bócio, com amplo sucesso. Hoje sabemos que as algas e esponjas do mar têm iodo em alta concentração e, são particularmente eficientes para a cura do bócio.

A medicina herbal chegou ao ocidente desde a época de Hipocrates, que recomendava um pequeno grupo de ervas medicinais ao lado de dietas para cada caso. Mais tarde, em Roma, Galeno usava, como os chineses, misturas herbais de várias fontes vegetais. Já no fim do século XIX muitos produtos farmacêuticos tinham sua base em plantas medicinais como os opiáceos, a efedrina, a atropina, a quinina, os digitálicos, para o coração.

Atualmente, uma grande maioria dos habitantes do planeta não pode comprar remédio de farmácia e recorre às ervas medicinais. Demonstrando a crescente procura pela medicina natural, o número de artigos científicos publicados sobre as ervas pulou de 2.500 em 2000 para 14.000 em 2007.

As ervas de uso mais comum

O aparelho digestivo sempre foi o "campeão" do uso de medicina herbal. A prisão de ventre é tratada com várias ervas como o Sene e as fibras como o Psillium. Contra dor de barriga é possível usar o extrato de Atropa Belladona (atropina).

Contra dor de estômago é usado o chá de carquejo, e por aí vai. Extrato de alcachofra e boldo Algumas substâncias podem oferecer estímulo para elevar o fluxo da bile pelos canais hepáticos, que formam uma malha de dutos que culminam na vesícula biliar.

Esta, por sua vez, contrai-se à passagem do alimento pelo tubo digestivo (principalmente gordura, como azeite, gema de ovo, gordura animal), "jogando" a bile no tubo digestivo. A ação de alcachofra e boldo pode ser de duas formas: os coleréticos são agentes que promovem a secreção da bile pelas células hepáticas, e os colagogos são as plantas medicinais ou remédios preparados para estimular o fluxo da bile que já estava formada e a caminho do tubo digestivo.

A maioria dos fitoterápicos são coleréticos e colagogos ao mesmo tempo, ou seja, estimulam a formação de bile e induzem a secreção biliar no tubo digestivo. A alcachofra é um dos vegetais cultivados pelo homem desde épocas remotas.

O extrato de alcachofra vem das folhas secas contendo flavonóides (antioxidantes). Estudos clínicos demonstraram que o extrato da alcachofra leva a nítido aumento da secreção de bile no duodeno (efeito colagogo), mas também nota-se aumento da bile formada no fígado (efeito colerético). Não deve ser empregado quando o paciente tem pedras na vesícula. O boldo é uma árvore pequena originária do Chile.

O extrato das folhas produz a Boldina (secalóides e flavonóides). A boldina induz maior formação de bile (efeito colerético). Em animais de laboratório a boldina inibe o depósito de gordura no fígado, fenômeno usualmente observado em obesos. Associado à alcachofra, é considerado um excelente agente no tratamento de alterações funcionais do fígado (como a esteatose hepática, gordura no fígado).

Ginseng contra stress e fadiga

O uso de Ginseng é extremamente comum na China e na Coreia, bem como em outras regiões da Ásia. Atribui-se ao Ginseng as qualidades de aumentar a energia física e mental, aliviar o stress, melhorar a concentração e o poder cognitivo (para aprender novos fatos e dados). Entre os orientais o Ginseng é conhecido com um agente tônico, que restabelece o equilíbrio hormonal, aumenta a resistência orgânica e evita doenças.

Tantas qualidades são devidas a produtos químicos chamados de ginsenosídeos, que interferem com o metabolismo celular. Vários trabalhos em voluntários humanos demonstraram ações positivas do Ginseng ,com nítida elevação do consumo de oxigênio, melhor performance cardíaca, com incremento da capacidade de concentração e memória. Tais efeitos levam o idoso a ter melhor qualidade de vida, além de estimular o sistema imunitário (defesa contra bactérias, vírus, fungos).

Outros estudos mostraram ação positiva no controle do diabetes tipo 2.
Os efeitos colaterais são mínimos e irrelevantes nas doses usuais. O Ginseng é preparado a partir de suas raízes, trituradas e secas. Pode-se usar o pó das raízes ou o extrato do ginsenosideo a 4% (geralmente 100 mg duas vezes ao dia). Ginkgo Biloba, o mais antigo Essa árvore sobreviveu à Era Glacial somente na Ásia, tendo sido importada pelos europeus no século XVIII, como uma árvore ornamental. O extrato medicamentoso é preparado a partir das folhas secas e trituradas.

Tornou-se, inicialmente, muito popular na Alemanha, quando um grupo de cientistas germânicos descobriu que o extrato de Ginkgo Biloba era extremamente ativo no aumento da circulação cerebral, aumentando o fluxo de oxigênio aos neurônios e, conseqüentemente, melhora de memória e da capacidade cognitiva. Observaram também melhoras nas alterações vasculares periféricas (varizes, má circulação). Entre os bons resultados obtidos são referidos a cura das vertigens, tonturas, tensão pré-menstrual e alergias. O efeito farmacológico é devido a cerca de 40 componentes identificados sendo o mais importante os grupos de flavonóides e terpenóides.

Em animais experimentais o Ginkgo Biloba induz nítida vasodilatação cerebral além de efeito antioxidante. Vários estudos clínicos mostram a eficácia do Ginkgo Biloba em situações de alterações da circulação cerebral (após um acidente vascular cerebral). Melhora da memória é um dos aspectos mais estudados deste medicamento herbal. O Ginkgo Biloba é particularmente indicado na população geriátrica com declínio de memória e do poder cognitivo.

A dose usual é de 120 a 240 mg por dia, em dois doses diárias. O produto farmacêutico à venda geralmente é o extrato de folhas que contém cerca de 27% dos flavonoides. Efeitos colaterais são mínimos.

O uso do maracujá e sua flor


A flor do maracujá é muito rica em passiflorina, usada há muitos anos como agente sedativo, indutor do sono e com ampla atividade no alívio de ansiedade. Na Europa várias farmácias herbais fornecem a passiflorina junto com outros agentes herbais, como um tônico capaz de aliviar as situações de tensão, angústia, ansiedade e insônia.

O extrato das flores contém um flavonóide chamado vitexina, que, injetado em ratos, leva ao sono profundo. Em seres humanos os estudos foram conduzidos com a combinação de passifora e valeriana, com excelentes resultados no alívio de situações angustiantes, de nervosismo intenso e de insônia persistente.

Doses muito elevadas podem provocar períodos de inconsciência prolongados, mas isso ocorre muito raramente. De uma forma geral a Passiflorina é amplamente utilizada com ansiolítico brando, bem tolerado, sem problemas de dependência física ou psíquica, e muito útil em situações de elevado estresse, ansiedade e emotividades exageradas.



Por Geraldo Medeiros 02-02-09
Veja OnLine - FEV 2009