quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sobrepeso e obesidade

Recente pesquisa confirma que sobrepeso e obesidade sem risco é mito

O excesso de peso é sempre prejudicial à saúde, mesmo quando não há distúrbios metabólicos associados, como diabetes, pressão alta e colesterol alterado. Essa é a conclusão de uma de uma extensa revisão de estudos realizada por pesquisadores canadenses e divulgada, em Novembro 2013, pela prestigiosa publicação científica americana Annals of Internal Medicine.




Alguns estudos anteriores, publicados nos últimos anos, chegaram a sugerir que pessoas obesas, fisicamente ativas, poderiam ser tão saudáveis, quanto indivíduos de peso normal. Segundo os autores da nova pesquisa, porém, a expressão “obesidade saudável” não passa de um lamentável equívoco.

Queima Calórica após refeição padronizada

Pacientes previamente obesas com perda ponderal após cirurgia bariátrica apresentam valor mais alto de “queima calórica” após refeição padronizada




A ingestão de alimento em pacientes com obesidade ou peso normal desencadeia efeito térmico correspondente ao esforço do organismo nos vários passos para a absorção do alimento. Este tipo de efeito fisiológico é chamado de efeito térmico do alimento, o qual, em outras palavras, indica que os processos de mastigação, deglutição, absorção e utilização do alimento gastam energia que se dissipa sob forma de calor. 

Cirurgia bariátrica

Cirurgia bariátrica em obesos mórbidos com diabete tipo 2 leva à remissão do diabetes após significativa perda ponderal




O objetivo deste estudo foi investigar o mecanismo pela qual a cirurgia bariátrica induz remissão do diabete tipo 2. 

35 pacientes com obesidade mórbida e diabete tipo 2 foram estudados após 1 ano decorridos de cirurgia bariátrica de 2 tipos: apenas redução do estomago (grupo 1) e cirurgia com redução de estomago e transposição do intestino (grupo 2). Ambos os grupos de pacientes perderam substancialmente peso, após as cirurgias. Com simples redução do estomago, 7 pacientes tiveram remissão do diabete, enquanto que com a cirurgia mais complexa 13 pacientes ficaram livres do diabete tipo 2. Os autores estudaram vários hormônios gastrointestinais e notaram que quase todos pacientes voltaram a apresentar níveis normais de hormônio da área intestinal, após ambas as cirurgias.
 

Em conclusão, comentam os autores que, tanto uma como outro tipo de cirurgia, apresentam impacto similar na remissão do diabetes com nítida melhora da sensibilidade de célula beta do pâncreas (que fabrica insulina). A escolha do tipo de cirurgia depende de total concordância entre os médicos de formação clínica e as equipes cirúrgicas, visando minimizar os efeitos colaterais de cada procedimento cirúrgico.