terça-feira, 24 de outubro de 2017

Acne e pelos excessivos em mulheres

Geraldo Medeiros

O excesso de pelos na mulher tem várias causas

Desde a época remota das antigas civilizações seja no vale do rio Eufrates (atual Iraque), ao longo do rio Nilo, onde floresceu as fabulosas dinastias dos Egípcios, continuando pela civilização Grega, culta e refinada, seguida pelo Império Romano, até os dias de hoje, a Mulher sempre se preocupou em aprimorar a beleza, disfarçar imperfeições, sustar os “estragos” do tempo, remover o excesso de pelos, e muito recentemente usar de todos os meios e artifícios da Dermatologia e Estética para manter-se Bela. É óbvio que certas imperfeições, ou pequenos problemas podem ser revolvidos no consultório dermatológico. A cirurgia plástica estética irá proporcionar rejuvenescimento e muita autoestima.


No entanto um dos mais comuns dos problemas que afligem as mulheres – acne e excesso de pelos – muito frequente tanto em adolescentes quanto em mulheres jovens, ainda é objeto de controvérsia entre especialistas em doenças de pele e o endocrinologista. (que entende de hormônios) Talvez exista a tendência do dermatologista de “remover” os pelos indesejáveis pelos métodos comuns que todas as mulheres conhecem enquanto que o endocrinologista irá insistir em saber as causas que levaram ao aparecimento dos pelos excessivos.

Basicamente o excesso de pelos pode ser dividido em dois grupos de causas: (1) Depende de alterações hormonais, que, induzem excesso de hormônios masculinizantes (chamados de Androgênicos). (2) Medicações que levam ao aparecimento de pelos indesejáveis.

Muitas mulheres, principalmente mais jovens, vêm ao médico para se queixar de pelos excessivos nos braços e nas pernas (além, é claro, do buço, tipo “bigode”). O endocrinologista sabe que este tipo de excesso de pêlos é caracteristicamente genético, hereditário, está embutido no Genoma de certas etnias que circundam o Mediterrâneo. Portanto, as descendentes de árabes (Sírio-Libanês), de italianos do Sul da Itália (calabresas, sicilianas, napolitanas), as espanholas e as gregas, as portuguesas e as árabes do norte da África, são mais “peludinhas” que outras etnias do norte da Europa. Este tipo de excesso de pelos branquiais nada tem de hormonal, nem depende de andrógenos alterados. Simplesmente faz parte das características étnicas destas populações e a solução é antiga e eficiente: remover com cera, com cortes periódicos, com toda a metodologia estética hoje à disposição da beleza feminina (Laser).


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Andropausa: Novos conceitos e tratamentos

Dr. Geraldo Medeiros

A dificuldade de uma definição adequada
 
A associação entre o processo de envelhecimento e o declínio da atividade viril sempre foi reconhecida por médicos e leigos, levando muitos indivíduos a buscar, incessantemente, substâncias ditas “afrodisíacas” (as quais, enganosamente, se propõem a aumentar a libido) seja do tipo químico, (ginseng, yoimbina, extratos de testículos), obtidas de vegetais, (erva de São João, pimentas variadas), especialidades nutricionais (ouriço do mar, ostras) e até chifre de rinoceronte (quase que levou à extinção do pobre animal). Um raio de esperança passou pelos idosos quando um famoso médico francês, Brown-Sequart, afirmou na Academia Francesa (final do século XIX) que tinha se tornado um atleta sexual com injeções de extratos de testículos bovinos, além de ter mais força muscular, excelente energia, e maravilhosa disposição para trabalho. Ledo engano! O extrato dos testículos bovinos nada tinha de substâncias hormonais masculinas sendo todos os efeitos maravilhosos mencionados produto da fértil imaginação do idoso cientista.

Em 1935, três pesquisadores ganharam o Prêmio Nobel de Medicina por sintetizarem o hormônio masculino o qual recebeu o nome de TESTOSTERONA. Desde então o “climatério masculino” ou andropausa foi, indiscriminadamente, tratado com este hormônio até que se observaram danosos efeitos no FÍGADO (hepatite tóxica) e na próstata (aumento exagerado prostático, câncer de próstata) além de outros efeitos colaterais. Com o melhor conhecimento da fisiologia masculina (no idoso) tornou-se possível lançar novos conceitos. Hoje se fala em Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou Deficiência Testicular de Início Tardio (DTIT) com o objetivo de mostrar maior clareza e precisão no diagnóstico.


Testosterona total e Testosterona livre