terça-feira, 30 de abril de 2013

Os perigos da gordura visceral e síndrome metabólica


O sobrepeso em pessoas de constituição física com predomínio do aumento de circunferência abdominal aliado a braços e pernas finos, tem sido comparado a uma “maçã”. Nesses casos, a gordura existente entre as vísceras abdominais está muito aumentada. Este tipo de gordura é metabolicamente ativo, predispondo o organismo a desenvolver diabetes mellitus, doenças cardíacas e infarto do miocárdio, constituindo a Síndrome Metabólica.

Já nas pessoas que apresentam menor volume abdominal e predomínio de gordura nas coxas e quadris, assemelhando-se a uma “pera”, não há efeito metabólico consequente ao ganho de peso.





Figura 1. Distribuição da Periférica (Pera) e central (maça) da gordura. Foto Ilustração: Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

O indicador mais aceito para avaliar os fatores de risco é a circunferência abdominal. Essa medida não é tecnicamente difícil e deve ser feita com uma fita métrica, colocada na parte superior do osso do quadril, paralela ao chão, e logo após uma expiração completa do paciente. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dormir muito tarde e por poucas horas é causa importante do aumento do peso

Desde há muitos anos, os médicos sabiam que pessoas que dormem menos que 5 ou 6 horas diárias, ficando acordados até 2 ou 3 horas da madrugada, estão mais propensas a ganharem peso. O mesmo ocorre em crianças na fase escolar.


Um novo e fascinante estudo vem confirmar que esta falta de sono talvez seja mais perigosa do que se pensava. Os pesquisadores do sono da Universidade de Colorado estudaram pessoas saudáveis de ambos os sexos durante 2 semanas, nas quais houve monitoramento do sono, registro dos hábitos alimentares e meticulosos testes do metabolismo. A equipe médica descobriu que quando os participantes do estudo ficavam acordados até tarde e dormiam apenas 5 ou 6 horas, o seu metabolismo aumentava discretamente. Todavia, esses pacientes ingeriam muito mais alimentos durante o período de vigília e quase sempre mostravam predileção para alimentos densamente calóricos, inclusive com excesso de carboidratos. Tal fato não foi observado nos participantes que dormiam 9 horas por noite. Ao final do estudo, os pacientes notívagos (com poucas horas de sono) chegaram a ganhar até 1 kilo por semana, comparativamente aos pacientes com sono normal.
 

Em conclusão, o fato de dormir poucas horas por noite e permanecer acordado até muito tarde é um fator documentado de ganho de peso e que a privação do sono deve ser corrigida porque desregula o relógio biológico das pessoas, o que pode iniciar um processo de ganho de peso.

Prof. Geraldo Medeiros-Neto
Ref.Wright K et al. Proc Nat Acad Sciences, 2013