terça-feira, 19 de maio de 2009

A TEMIDA CELULITE

Para muitas mulheres a celulite pode ser definida como o 'pior pesadelo em vida' - um verdadeiro e terrível fantasma. A deformação estética - ou aquela aparência de casca de laranja nas coxas e bumbum - é a soma de várias alterações no tecido subcutâneo. Essas alterações podem aparecer por uma nutrição deficiente das células que dão firmeza e sustentam o subcutâneo.

O processo de menor oxigenação pode levar a "morte celular" e a célula que morre é substituída por tecido fibroso que irá provocar pequenas depressões no tegumento cutâneo.

Os adipocitos (células que contém gordura) são essenciais para manter a textura do tecido subcutâneo, pois, devido a sua elasticidade, permitem uma pele bem lisa e esticada. Em caso de alimentação exagerada ou ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, os adipocitos se multiplicam debaixo da pele, formando verdadeiras ilhas de gordura que irão deformar a pele. Outro problema é o desequilíbrio hormonal feminino.

A falta de ovulação mensal, o excesso de hormônio feminino (estradiol) e/ou a geração de hormônios com ação masculinizante podem alterar a população celular subcutânea e induzir a mais fibrose.

Todo esse processo conduz ao aspecto cutâneo irregular. A celulite classificada em quatro estágios

1º estágio - Há uma alteração das células do tecido adiposo, porém a região afetada não apresenta modificação circulatória nem dos tecidos de sustentação, apenas uma dilatação venosa. Não há sinais visíveis na pele nem dor neste estágio.

2º estágio - A celulite caracteriza-se pela alteração circulatória por compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e a linfa, líquido que banha as células, ficam represados e, consequentemente, ocorre um edema intercelular. Também há um endurecimento do tecido de sustentação e as irregularidades na pele ficam aparentes, mas ainda não existe dor.

3º estágio - A celulite neste estágio apresenta o aspecto de "casca de laranja" e fica dolorida. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida. Podem aparecer vasinhos e microvarizes e uma sensação de peso e cansaço nas pernas.

4º estágio - É a fase considerada mais grave, com as fibras mais duras, formando nódulos. A circulação fica prejudicada. A pele apresenta depressões e tem aspecto acolchoado. As pernas ficam pesadas, inchadas e doloridas e a sensação de cansaço é frequente, mesmo sem esforço.

Neste caso, os tratamentos são demorados e com melhora parcial. O problema exige rigorosa avaliação médica e até intervenção cirúrgica, principalmente se houver gordura localizada e depressões no tecido adiposo.

O diagnostico médico Para se diagnosticar a celulite existe exames específicos como a videocapilaroscopia por fibra ótica, videotermografia computadorizada e ultra-som. Mas a celulite é uma doença facilmente reconhecida pela textura da pele. Toda mulher sabe identificá-la. Locais preferidos As partes mais vulneráveis são os glúteos, a lateral, face interna e posterior da coxa, e o abdômen.

No caso de haver obesidade (na mulher) não é necessário o uso de metodologia dermatológica para o diagnóstico da celulite, pois, sem dúvida o acúmulo de tecido adiposo no abdômen, nas coxas e quadris, leva a manifestações características da celulite.

O tratamento Existem poucos campos da patologia médica em que se inventou tantos procedimentos, técnicas, máquinas, pílulas milagrosas, injeções miraculosas para eliminar a célula. A classe médica, em geral, se tornou muito pouco entusiasta de tantas alternativas. No caso de haver obesidade, as manifestações características da celulite serão mais intensas.

O excesso de gordura comprime a vasculatura, existe morte celular e substituição por fibrose.
O tratamento, obviamente, deve determinar a causa da obesidade, introduzir tratamento adequado nutricional, insistir na atividade física e, sobretudo, mudar o estilo de vida. Uma vida saudável, um peso correto e exercícios físicos diários ainda são as medidas mais eficientes na prevenção da celulite.

Por Geraldo Medeiros 19-05-2009